TRAJES FATAIS: EM NOVO VÍDEO, ONNO PAIVA FALA SOBRE EVOLUÇÃO, INSEGURANÇA E ACEITAÇÃO


Conforme o BLOG adiantou em publicação feita no dia 04, Onno Paiva, idealizador de Trajes Fatais, anunciou que o projeto segue vivo e que os detalhes de sua produção seriam apresentados em uma série de vídeos no canal oficial do jogo no YouTube.

Ao todo, a iniciativa prevê a publicação de cinco vídeos dando profundidade aos aspectos de desenvolvimento e explicando o andar dos trabalhos e o que de fato fez com que o jogo atrasasse tanto. Nessa terça-feira (17), Paiva falou a respeito do desafio de mostrar ao público o porque da equipe optar por trabalhar com o Pixel Arts, estilo gráfico tido atualmente como ultrapassado na concepção de muitos apreciadores de jogos eletrônicos.

Segundo ele, Trajes Fatais havia sido idealizado com o propósito de ser uma evolução da resolução clássica, utilizando o conceito base da série The King of Fighters, lançada em 1994 pela SNK. A franquia seguiu com o mesmo estilo gráfico até 2005, mas foi somente em 2009 que as coisas mudaram para um novo patamar, mais alinhado com as exigências da época, visto que o utilização do Pixel Art padrão já não era visto de forma atraente.



"Essa área de entretenimento sempre foi uma luta individual para cada um, e eu mencionei no vídeo anterior que o Trajes Fatais buscava ser uma evolução da resolução clássica. Por isso que ele tinha uma resolução mais alta e ele vinha responder as mesmas questões do KOF' XII, que na verdade era 'como fazer Pixel Arts em mundo que não quer mais os Pixels?'. É como se o gráfico do Trajes Fatais fosse uma tentativa de fazer um Pixel Arts pra agradar até quem não gosta de Pixel Arts, e por isso fazer um trabalho que é muito mais trabalhoso", explicou.

 

De acordo com Paiva, além da questão gráfica, a equipe de desenvolvimento também se viu diante a opinião simplória do público, que via no projeto apenas um joguinho com 'mulheres seminuas lutando'.



"A gente seguiu mostrando o projeto ainda naquele estágio inicial, mostramos ele em um grupo de desenvolvedores [de jogos] no Facebook, o pessoal se interessou, reconheceu que era bonito, e então nos convidaram para uma entrevista, as perguntas seriam enviadas por escrito e nós ficamos no aguardo, e quanto recebemos as perguntas, a primeira foi logo assim: 'De onde veio a ideia de fazer um jogo focado em mulheres semi nuas lutando?'. Eu me toquei que só tinha a Lucy e nome do jogo era Trajes Fatais, e aí o pessoal [da entrevista] meio que relacionou com trajes provocantes, ou seja, eles acharam que a gente tinha inventado o SNK Heroines. Depois dessa eu só pensei 'suspende [o projeto], para, cancela, não mostra nada do jogo até ele ficar bem mais adiantado. A gente só vai mostrar o jogo quando der pra entender do que se trata'", disse.

 

O idealizador de TRAF também falou a respeito de sua próprias inseguranças diante de críticas e de como acabou perdendo o medo de se expor ao mundo após perceber que há integrantes da Fighting Games Community (FGC) que apreciam a sua sensibilidade de uma pessoa orgulhosa de ser o que é e que acreditam no potencial do projeto.



"Eu confio muito na comunidade de Fighting Games. Eu sinto que é uma comunidade que tem um potencial de apreciar sensibilidade, apreciar a arte, é um gênero que pede isso, é um gênero complexo. Então, eu não tô errado em abordar a complexidade das coisas, porque a gente vive muito nessa coisa de vamos ao encontro do mais forte. Mas eu acho que a possível releitura desse slogan seria vamos ao encontro da nossa força interior, e eu descobri que a minha força interior é a minha sensibilidade e eu quero usá-la, porque eu percebo que é necessário. É isso que eu pretendo acrescentar", pontuou.  


CONFIRA O VÍDEO COMPLETO 



  

Comentários

  1. Me emocionei e me identifiquei demais com o video, comentei alguns trechos lá na postagem do Onofre mas ainda não consegui processar toda a informação para fazer meu textão "definitivo". Mais do que nunca virei mais fã do TRAF e Ono merece o selo #nuncacritiquei depois do seu relato de coragem, sinceridade, sensibilidade, e... amor!

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