TEKKEN: BLOODLINE É TUDO O QUE UMA ADAPTAÇÃO DE JOGO DE LUTA PRECISA SER


Lançado pela Netflix no último dia 18, Tekken: Bloodline é uma produção licenciada pela Bandai Namco Entertainmnent, trazendo todo o universo de intrigas da Família Mishima ao formato de série para streaming. Poderia ser mais um produto baseado em franquias de videogame, mas a equipe envolvida acabou entregando um produto que de fato respeita os amor dos fãs.

 


 

Com apenas seis episódios, cada um com duração máxima de 20 minutos, a série explora de forma condensada os eventos dos três primeiros jogos, mais especificamente a partir dos acontecimentos de Tekken 3, com Jin Kazama no papel de protagonista. Pode parecer um tempo muito curto para adaptar uma das tramas mais densas da série, porém, o roteiro soube escolher o que de fato era interessante para ser contado.

Em Bloodline, temos um Jin Kazama tentando compreender os ensinamentos de sua mãe, Jun Kazama, e o porque dela evitar de falar sobre o seu pai. Mas a vida do jovem muda completamente após a misteriosa entidade conhecida como Ogre atacá-la. Como último recurso, a lutadora pede para ele procurar o avô, Heihachi Mishira, que parecer saber como derrotar essa ameaça.

 


É a partir daí que vemos a evolução de Jin, que é encorajado a se desprender da passividade dos Kazama e abraçar a imponência arte marcial dos Mishima. A relação dele como outros lutadores também é abordada na série, mesmo que de forma muito rápida, mostrando a contribuição de cada um na jornada do rapaz.

 


 

Mesmo apresentando algumas incoerências de lore, como o fato de trazer personagens que no original só apareceriam em edições posteriores do Torneio do Punhos de Ferro, como Graig Marduk, Feng Wei e Leroy Smith, Tekken: Bloodline possui uma narrativa coesa, direta e com raízes presas à obra original, não causando estranheza para os fãs e facilitando a compreensão da história por quem não conhece a franquia.

 


Além do enredo, a Netflix também manteve fidelidade com os efeitos especiais de batalhas. Tanto o visual quanto o som fazem com que o espectador acredite que está de fato jogando algum game da série, um verdadeiro deleite. O único aspecto que faz com que a série perca pontos é a estética de sombra utilizada nos personagens, algo que pode ser melhorado numa eventual segunda temporada. 

 


 

Em termos gerais, Tekken: Bloodline é a tudo que uma adaptação de jogo de luta precisa ser. Se você é realmente fã da série ou gosta de animes baseados em games, certamente vai adorar assisti-lo. Quem sabe a Netflix decida aumentar a quantidade de episódios para a Season 2, pois é inegável que há como explorar ainda mais a mitologia criada por Katshiro Harada & Cia.      


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