AÇÕES DE GIGANTES DOS JOGOS ELETRÔNICOS DESPENCAM APÓS CHINA CRITICAR VÍCIO EM GAMES


 

RESUMO DA NOTÍCIA

- Empresas do setor de jogos da Ásia foram surpreendidas com forte queda nas ações de bolsas de valores nessa terça-feira (3);

- As quedas ocorreram após publicação de um artigo onde o Governo da China critica o vício excessivo em jogos eletrônicos;

- A Tencent Holdings teve queda de 6,11%, enquanto a NetEase registrou desvalorização de 7,8%.


Um artigo da agência estatal chinesa Xiuhanpublicado pelo jornal Economic Information Daily, procovou a queda drástica dos valores de mercado de empresas do ramo de jogos eletrônicos da Ásia nessa terça-feira (3). As mais prejudicadas, segundo alguns veículos internacionais, foram a Tencent Holdings e NetEase.

As ações da Tencent, por exemplo, chegaram a registrar perda de quase 11%, mas a empresa acabou se recuperando, fechando o pregão do dia com uma desvalorização de 6,11%. Essa foi a maior queda intradiária dos últimos dez anos.



Já a NetEase, editora do jogo Halo, chegou a ver suas ações despencarem em 15,7%, mas também se recuperou, registrando queda de apenas 7,8%. 

A reação negativa nas bolsas de valores ocorreu após a publicação de um artigo em que o governo chinês classificou o vício em jogos eletrônicos como um “ópio espiritual”. O material cita, entre vários dados, o relato de um jovem que afirmou que alguns de seus colegas de escolas passavam até oito horas jogando "Honor of Kings", que é o game mais popular da empresa. 




Em reação a publicação, a Tencent prometeu limitar o tempo de jogo para menores de idade, passando para apenas uma hora durante a semana e não mais do que duas horas durante férias e feriados. Além disso, a empresa já está cogitando a possibilidade de proibir a venda de jogos para menores de 12 anos no país.

O artigo também levantou a preocupação do mercado sobre a possibilidade de um maior endurecimento nas regras para venda de jogos online pelo órgão regulador do mercado chinês (SAMR), o que poderia afetar não só mercado asiático, mas também empresas de países do ocidente, uma vez que muitas editoras têm acordo de licenciamento com a Tencent para lançar seus títulos na China.




Vale lembrar ainda que órgão regulador tem implantado uma série de medidas contra ações anticorporativitas de empresas de tecnologia, após anos de crescimento desenfreado e regras consideradas flexíveis demais pelo governo.

A Tencent Holdings tinha o plano de fundir duas das suas maiores plataformas de jogos online, a Huya e Douyu, o que aumentaria a sua participação de mercado em até 90%. Mas o tratativa acabou bloqueada pelo SAMR. 

COM INFORMAÇÕES DE: YAHOO! FINANÇAS, JORNAL DE NEGÓCIOS, ISTO É DINHEIRO E SOUTH CHINA MORNING POST


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