ESPECIAL DO BLOG
PERSONAGENS LGBT NOS JOGOS DE LUTA
Junho também é marcado como o mês do Orgulho LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Pessoas Intersex) e pensando nisso, o BLOG DO REAL MINER listou para você os personagens que de alguma maneira representam ou podem representar essa minoria tão importante para a construção da sociedade.
Tecnicamente, Birdo pode ser considerada a primeira personagem transgênero de uma franquia popular dos videogames, apesar de a Nintendo não confirmar nada sobre o assunto.
Na edição norte americana do manual oficial de Super Mario Bros 2, Birdo é descrita como "um homem que acredita ser mulher, e que prefere ser chamado de Birdetta".
Aliás, no nome "Birdetta" acabou sendo retirado nos jogos seguintes, entretanto, a exemplo de Mario Tennis, Birdo passou a ser tratada pela Nintendo como "Mulher", sendo referenciada como par romântico de Yoshi. Ela também é uma das estrelas da franquia de luta Super Smash Bros.
Na série Guilty Gear, da produtora Arc System Works, Venom é um ex-integrante de um grande sindicato de assassinos. Quando criança, foi um menino órfão que acabou sendo adotado por esse mesmo grupo.
A vida de Venom mudou após ele ter se negado a seguir ordens de seu grupo, fazendo com que os líderes dele exigissem a sua cabeça. Por sorte, o rapaz acabou sendo salvo por Zato-1, que já foi líder deste mesmo sindicato.
Além de obviamente ser grato a Zato-1, Venom não só se tornando-se seu discípulo, mas também se apaixonando por ele. Sem dúvida alguma uma das histórias mais ousadas em um fighting game.
Descendente do Grande Kung Lao, Kung Jin acabou caindo em desgraça após os eventos de Mortal Kombat 9. Rebelde, ele passou a ser uma espécia de ovelha negra da família, no entanto, Raiden sempre viu nele um potencial guerreiro para a proteção do Plano Terreno.
A sexualidade de Jin passou a ser especulada pelos fãs durante uma conversa entre ele e o Deus do Trovão, onde ele afirmava sentir medo de ser rejeitado pelos Shaolin. Raiden confortou o jovem dizendo que o importante era a verdade que existia em coração e não com quem o coração dele desejaria.
Tempos depois, os desenvolvedores de Mortal Kombat X confirmaram que Kung Jin é realmente gay.
Adorada por muitos fãs dos jogos da Capcom, principalmente os da série Street Fighter, Poison é a personagem mais controversa dentro da temática LGBT em jogos de luta. Quando o primeiro Final Fight foi lançado, em 1989, houve uma preocupação por parte da produtora sobre como o público ocidental receberia a ideia de o jogador poder bater em uma mulher e se isso poderia representar algum tipo de exemplo ruim.
A solução encontrada pela empresa foi dizer que Poison era uma transexual, o que de certa forma também foi uma ideia bem errada. Só para se ter uma noção de como as coisas eram bem mais complicadas nos anos 90, quando o game recebeu um port para o Super Nintendo, Poison e sua irmã, Roxy, foram substituídas por dois homens, chamados de Billy e Sid.
De vilã, ela passou a ser heroína, mas até hoje, a Capcom não tem uma posição definitiva sobre o assunto. No entanto, o produtor da série Street Fighter , Yoshinori Ono, diz em uma entrevista que Poison é uma mulher trans “pós-operada” nos Estados Unidos, enquanto no Japão, ela seria uma mulher trans “pré-operada”.
# 5 - ASH (STREET OF RAGE)
Assim como Poison, Ash, de Street of Rage 3, também foi mais uma criação estereotipada criada para o gênero de luta. É um vilão que usa roupas de couro, um enorme medalhão do símbolo masculino (Aparentemente para indicar a sua preferência sexual), leggings e salto alto.
Seus movimentos de luta são os mesmo de uma bailarina. Até hoje o personagem nunca mais fez uma aparição oficial, e olha que a série ganhou um novo jogo após anos no limbo.
Arlequina é sem dúvida alguma uma das anti-heroínas mais amandas do Universo DC e a prova disso é que a personagem se emponderado ainda mais nos últimos anos.
Em dos arcos dos quadrinhos, Harley Quinn livra-se de seu relacionamento abusivo com o Coringa e passa a formar casal com a vilã Hera Venenosa. Esse tipo de passagem pode ser visto, inclusive, em troca de diálogos entre as duas no game Injustice 2.
Não se sabe se as duas se relacionaram ao fim do primeiro para o segundo game da franquia, mas algo indica que sim, já que Harley decide se aliar ao Batman, enquanto Pamela Isley continuou com a sua vida de crimes.
# 7 - EAGLE (STREET FIGHTER/CAPCOM VS SNK)
Além de Poison, outro personagem de Street Fighter que também seria um LGBT é Eagle, um elegante lutador inglês que usa dois bastões como armas e pratica Bojustsu.
Na versão japonesa de Capcom vs SNK 2, Eagle utiliza diversas gírias presentes na comunidade LGBT locais em suas frases de vitória, dando a entender que o personagem tenha preferência por homens ou por ambos os sexo.
Outra questão foi a reformulação em seu visual. Em Street Fighter 1, por exemplo, Eagle teve seu visual inspirado no lutador Petrov, que foi interpretado por Robert Baker, do filme A Fúria do Dragão (Fist of Fury) de 1972. Já em Capcom VS SNK 2 e nas adaptações de Street Fighter Alpha 3, ele teve seu visual possivelmente inspirado em Freddie Mercury, do Queen. Algumas falas e poses de vitória também dão indícios dessa referência real.
# 8 - LEO KLIESEN (TEKKEN)
Eleonor Kliesen, ou simplesmente Leo Kliesen, foi introduzida pela primeira vez em Tekken no sexto jogo da franquia, sendo mencionada como gênero neutro. Em parte, essa questão foi atribuída por conta de suas roupas e voz mais grave. As coisas só realmente ficaram mais definidas após o lançamento de Tekken Tag Tournament 2, onde Leo é referida com mulher.
Entretanto, vale lembrar que alguns sites especializados em jogos de luta citam os representantes da Namco-Bandai atribuíram essa ambiguidade de gênero de forma intencional, uma vez que eles queriam um personagem que os jogadores amassem independentemente do sexo.
Dada a falta de pronomes definitivos, e independentemente do nome ou sexo atribuído, parece mais razoável listar Leo Kliesen como alguém de gênero não binário.
# 9 - BRIDGET (GUILTY GEAR)
Quem olha essa fofurinha vestida de freira não imagina que Bridget é na verdade um menino. Na verdade, o nascimento de gêmeos do mesmo sexo é considerado má sorte na aldeia onde nasceu, sendo criado por sua família como uma menina.
A ideia de Daisuke Ishiwatari, criador da série Guilty Gear, era criar personagens variados para o leque da franquia, surgido assim Bridget, um garoto que ao crescer decidiu mostrar para todos que poderia ser um bom caçador de recompensas.
Bridget é inclusive um os personagens mais queridos da série e frequentemente listado no rol dos personagens LGBT's dos videogames, tamanha a sua aceitação pela comunidade.
# 10 - SHION (THE KING OF FIGHTERS)
Outro personagem cuja aparência andrógina pegou muitos de surpresa foi Shion, o enigmático sub-boss de The King of Fighters' XI.
O mais curioso em sua criação foi que ele foi originalmente elaborado com o propósito de tornar-se "filha de Ron", um vilão que pertence ao Clã Hizoko. No entanto, os desenvolvedores da Saga Ash decidiram mudar o seu sexo para surpreender e agradar aos fãs da franquia.
Até hoje a SNK nunca se pronunciou sobre a sexualidade de Shion, entretanto, há de se elogiar a ousadia que a produtora teve ao mudar o gênero do personagem.
MENÇÕES HONROSAS
Zangief, de Street Fighter, Raphael Sorel e Volto, ambos de SoulCalibur, nunca tiveram suas sexualidades questionadas. Entretanto, os três já foram citados em enquetes da comunidade LGBT Gamer como referenciais de personagens atraentes.
Passando para a série The King of Fighters, temos Benimaru Nikaido, que apesar dos trejeitos gosta de flertar com parte do elenco feminino da franquia, mas que ainda assim poderíamos clássifica-lo com um simpatizante; Ash Crimson e Chris, cujas sexualidades são questionadas até hoje.
Mature e Vice, também de The King of Fighters, sempre povoaram na imaginação dos fãs da série como um casal lésbico; Hera Venenosa já teve um relacionamento amoroso com Arlequina nas HQs da DC, e há referências sobre isso em Injustice 2. Já Sharon, de Fighting EX Layer, é abertamente lésbica.
Ainda falando de mulheres, temos ainda os exemplos das irmãs Morrigan e Lilith Aensland, de Darkstalkers, que são frequentemente retratadas com bissexuais, além da abelha Q-Bee, que tem alguns diálogos que também indicam sua preferência sexual. Temos ainda Juri Han, de Street Fighter, que chega a flertar com as personagens Chun-li e Cammy, indicando também ser bissexual.
Temos ainda os exemplos de Amane Nishiki e Makoto Nanaya, de Blazeblue. O primeiro é um um homem que usa trajes japoneses afeminados, com um estilo de luta que é ao mesmo tempo gracioso e se assemelha a uma dança. Já o segundo é uma mulher abertamente bissexual.
E por fim, temos Rasputim, de World Heroes, que possui um dos golpes mais bizarros dos jogos de lutas da SNK, onde além de remeter a uma cena clássica de Marilyn Monroe, ele simplesmente agarra o adversário para um arbusto, sendo possível ver corações saindo em direção ao céu; e Kano, que foi hipersexualizado em Mortal Kombat 11, aliando rusticidade e fetiche.
Nem o Bridget, nem o Shion são gays.
ResponderExcluirE faltou mencionar o Genjuro, que é bissexual.