CRÍTICA - KOF DESTINY
CRÍTICA - O PECADO DE DESTINY FOI MUDAR A ESSÊNCIA DO ORIGINAL
O dia 18 de janeiro marcou o fim da primeira temporada de The King of Fighters' Destiny, primeira empreitada da SNK no mundo das animações em computação gráfica. A série, que teve 24 episódios, contou a jornada dos jovens lutadores Kyo Kusanagi e Terry Borgard, os dois dos maiores protagonistas da produtora. A trama também contou com nomes fortes como Mai Shiranui, Ryo Sakazaki e Athena Asamiya.
Com um sucesso estrondoso, principalmente na China, a série produzida pela iDragons Creative Studius, uma empresa associada a Shanghai Motion Magic Digital Enternainment, acabou conquistando o direito de renovação para mais duas temporadas e um filme, mostrando o quanto o projeto acabou dando certo.
Apesar da avaliação positiva nos sites de streaming onde foi exibida, a série acabou cometendo alguns deslizes. Nada de muito anormal quando falamos de livre adaptação, mas tantas mudanças acabaram dividido a opinião de muitos fãs, principalmente a do público mais ardoroso da franquia.
Quem é fã das franquias da SNK sabe que com a criação de KOF, a empresa acabou criando duas linhas do tempo, sendo que uma engloba apenas o arco AOF-FF e a outra que só considera a história de Kyo e Cia.
Segundo o seus produtores, Destiny surgiu com a proposta de estabelecer uma linha conceitual que estabelecesse um paralelo entre os acontecimentos mais importantes ocorridos na linha do tempo 1, como morte de Jeff Bogard, unindo-a ao novo KOF organizado por Rugal Bernstein. Até aí, é compreensível a ideia, no entanto, ao analisar todo o decorrer da trama, a gente constata que o maior pecado foi mudar a essência daquilo que tornou a série tão original.
Na trama dos videogames, por exemplo, um dos motivos para que Rugal se apodere do KOF era a busca por adversários mais fortes. Ele adaptou o torneio a seu modo, criando a regra específicas. A competição não é um evento marcial oficial, ou seja, ainda era algo clandestino. Em Destiny, essa regra se inverte.
Na trama, o torneio é organizada pela Howard Global, empresa de Geese Howard, tornando-se uma competição glamourizada. A ligação com Rugal existe somente pelo fato deste último ser um mero financiador, que vale dessa condição para realizar experimentos suspeitos.
A trama também peca no péssimo aproveitamento de nomes importantes. Enquanto personagens como Athena Asamiya, Mai Shiranui e Yuri Sakazaki ganharam destaque no roteiro, nomes como Ryo Sakazaki e Robert Garcia simplesmente tiveram presença abaixo de meros coadjuvantes. Isso é bastante triste, dada a relevância desses dois dentro do universo de games da SNK.
Saisyu Kusanagi foi outro personagem mal aproveitado no enredo, ficando de fora dos acontecimentos mais importantes da trama, mas o pior caso foi sem dúvida o de Takuma Sakazaki, que foi apenas mencionado na trama.
O excessos também foram outro ponto negativo do roteiro. Benimaru Nikaido e Joe Higashi foram utilizados como ávido cômico no decorrer de toda a série. Não que isso seja errado, mas essa derrapada de mão na personalidade de ambos desarmoniza a mitologia deste personagens.
Complementando a lista de pontos falhos, temos também o tempo de duração de cada episódio. No geral, todos tiveram menos de 20 minutos, se levarmos em consideração as propagandas inseridas e as trilhas de abertura e encerramento. Além disso, a utilização dos Side Story também não ajudou em muita coisa, salvando apenas o primeiro deles, que contou o passado de Geese.
Apesar dos pesares, Destiny também possui alguns pontos relevantes. Estabeleceu um paralelo entre a morte de Jeff e o retorno de Terry Bogard a Southtown, fez utilização de elementos atuais com smartphones e redes sociais e a reciclagem artifícios utilizados em outros filmes da SNK, como a que deu origem a personagem Angelina, claramente inspirada em Lily McGuire, do primeiro OVA de Fatal Fury.
Em resumo, The King of Fighters' Destiny não é um produto ruim. Possui uma plástica interessante que ajuda a franquia a diversificar sua imagem perante o mercado, tento potencial de expandir-se ainda mais. Apesar disso, falta um pouco de respeito por parte dos produtores em relação ao conteúdo original que faz desta série uma das mais queridas entre apreciadores de jogos de luta.
Como fã, espero que as próximas temporadas mantenham a essência característica do enredo do jogo. Caso contrário, não vejo perspectiva de avanço após o término de produção já confirmada pela SNK.
Quem é fã das franquias da SNK sabe que com a criação de KOF, a empresa acabou criando duas linhas do tempo, sendo que uma engloba apenas o arco AOF-FF e a outra que só considera a história de Kyo e Cia.
Irmão Bogard choram a morte de Jeff
Na trama dos videogames, por exemplo, um dos motivos para que Rugal se apodere do KOF era a busca por adversários mais fortes. Ele adaptou o torneio a seu modo, criando a regra específicas. A competição não é um evento marcial oficial, ou seja, ainda era algo clandestino. Em Destiny, essa regra se inverte.
Mai Shiranui em plena exibição para a imprensa
Na trama, o torneio é organizada pela Howard Global, empresa de Geese Howard, tornando-se uma competição glamourizada. A ligação com Rugal existe somente pelo fato deste último ser um mero financiador, que vale dessa condição para realizar experimentos suspeitos.
A trama também peca no péssimo aproveitamento de nomes importantes. Enquanto personagens como Athena Asamiya, Mai Shiranui e Yuri Sakazaki ganharam destaque no roteiro, nomes como Ryo Sakazaki e Robert Garcia simplesmente tiveram presença abaixo de meros coadjuvantes. Isso é bastante triste, dada a relevância desses dois dentro do universo de games da SNK.
Saisyu Kusanagi foi outro personagem mal aproveitado no enredo, ficando de fora dos acontecimentos mais importantes da trama, mas o pior caso foi sem dúvida o de Takuma Sakazaki, que foi apenas mencionado na trama.
Takuma aparece no telão do torneio, mas não é mostrado em combate
O excessos também foram outro ponto negativo do roteiro. Benimaru Nikaido e Joe Higashi foram utilizados como ávido cômico no decorrer de toda a série. Não que isso seja errado, mas essa derrapada de mão na personalidade de ambos desarmoniza a mitologia deste personagens.
Complementando a lista de pontos falhos, temos também o tempo de duração de cada episódio. No geral, todos tiveram menos de 20 minutos, se levarmos em consideração as propagandas inseridas e as trilhas de abertura e encerramento. Além disso, a utilização dos Side Story também não ajudou em muita coisa, salvando apenas o primeiro deles, que contou o passado de Geese.
Side Story de Geese Howard foi o melhor dos quatro que foram exibidos nesta temporada
Apesar dos pesares, Destiny também possui alguns pontos relevantes. Estabeleceu um paralelo entre a morte de Jeff e o retorno de Terry Bogard a Southtown, fez utilização de elementos atuais com smartphones e redes sociais e a reciclagem artifícios utilizados em outros filmes da SNK, como a que deu origem a personagem Angelina, claramente inspirada em Lily McGuire, do primeiro OVA de Fatal Fury.
Mesmo sendo uma releitura, Angelina soube cativar os fãs como uma personagem original
Em resumo, The King of Fighters' Destiny não é um produto ruim. Possui uma plástica interessante que ajuda a franquia a diversificar sua imagem perante o mercado, tento potencial de expandir-se ainda mais. Apesar disso, falta um pouco de respeito por parte dos produtores em relação ao conteúdo original que faz desta série uma das mais queridas entre apreciadores de jogos de luta.
Como fã, espero que as próximas temporadas mantenham a essência característica do enredo do jogo. Caso contrário, não vejo perspectiva de avanço após o término de produção já confirmada pela SNK.
E você? Acha que Destiny descaracterizou a série? Deixe sua opinião nos comentários.
Real Miner
Como grande fã da série, fiquei muito feliz quando soube que haveria uma adaptação animada pra contar e esclarecer a história de KOF, além de unificar com os universos dos outros games da empresa. Acompanhei fielmente todos os episódios e fiquei feliz com o desfecho e o feedback que a série obteve. As animações das lutas e referências aos golpes ficaram fantásticas ('Clark vs Kim' foi SENSACIONAL!!!). Porém, o excesso de modificações de coisas essenciais e a descaracterização de alguns personagens foi o maior erro por parte dos produtores, em especial o Ryo que é um dos maiores e mais respeitados personagens da franquia na história e foi simplesmente taxado como um bocó na série, não tendo nenhum momento em que todo esse potencial fosse destacado, Andy correndo atrás da Mai, quando na verdade o que ocorre é o contrário, Benimaru (que é sim um personagem cômico da série, porém excederam isso demais) e Saysiu foram outros que ficaram muito abobalhados. A proposta da série era esclarecer algumas coisas, porém, muitas ficaram ainda mais confusas (tô até agora tentando entender o porquê de o Kyo aparecer no final com o visual de KOFXIV rs). Apesar de todos os contras, a série teve muitos prós também! Espero que as novas temporadas venham acrescentar e que esclareça muitas coisas que ainda são um mistério.
ResponderExcluirApesar de ser um grande fã da série e ter como personagem preferido o Terry Bogard, achei que elitizaram demais a importância dele, deixando-o até superior ao Kyo que é o protagonista da saga. Como se não bastasse, na maior parte os membros da sua equipe (Andy e Joe) eram ridicularizados, enfatizando ainda mais a importância do Terry.
ResponderExcluirEx. Na série Andy é o irmãozinho atrapalhado que só se lasca e Terry é o irmão mais velho durão que não faz questão de estar junto aos companheiros (Estilo Ikki e Shun - Saint Seiya). Onde na verdade, Andy é o irmão dedicado e metódico e Terry é o relaxado e fanfarrão (Estilo Dean e Sam - Supernatural). Minha nota para a série seria 6.
Bom eu achei que ficou ridícula muita piadinha muitas coisas diferentes da série dos games .... não acho q tenham feito pensando nos fãs de kof mas sim na geração mimimi de hj em dia .....eu não vou seguir essa série msm pq já havia visto o filme kof e estragaram tudo q podia nesse filme,kof another day ficou até legal de se ver mas foi esquecido..... Minha nota e 1
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